Pisco: 7 dados que vão fazer de você um especialista na bebida emblemática do Peru

O Peru é um país que contém muitas coisas: desde bonitas paisagens, cheias de cultura e biodiversidade, até receitas que apaixonam o mundo inteiro com seu delicioso sabor. Dentro destas maravilhas, encontramos o pisco: a bebida mais emblemática do Peru.


Admirado e premiado no mundo inteiro por seu excelente sabor e aroma, o pisco tem muita história e tradição. E se você quiser conhecer um pouco mais sobre esta bebida de centenas de anos de antiguidade, a seguir mencionamos alguns dados curiosos sobre este destilado de uva.


1. Como tudo começou?
Antes de existir o pisco existia o vinho, que começou a ser elaborado graças à chegada dos espanhóis, que trouxeram a uva ao país sul-americano. A primeira referência ao vinho é de 1528. Ocorre durante a segunda viagem de Francisco Pizarro, que recebe a visita de um “senhor de porte realmente aristocrático”, ao qual o conquistador ofereceu vinho preparado nestas terras, “uma bebida que demonstrou agradá-lo”.


O vinho produzido no Peru era tão bom que começou a ser exportado para terras ibéricas, e os moradores da Espanha não gostaram muito da notícia, motivo pelo qual o rei Felipe II impôs uma restrição à saída desta bebida, que acabou sendo aceita em 1613. Diante disso, os produtores da costa peruana tiveram que ser criativos e intensificaram a produção de pisco.


Crédito: Musuk Nolte / PromPerú.


2. Origem do nome
O nome deste destilado está relacionado ao lugar onde as uvas eram cultivadas originalmente: Pisco, uma cidade da província de Ica, no sul do Peru. Um livro que explica bastante bem a relação entre o pisco e Ica é História do Novo Mundo, no qual é mencionado o padre Bernabé Cobo, que morou em Pisco por volta de 1625 e contou como os habitantes aproveitavam todos os produtos da videira: “todas as utilidades que podem sair desta planta, a saber: seu excelente fruto, as passas que ficam ótimas quando são feitas da uva mollar, os doces, a aguardente, o vinagre e, acima de tudo, muito vinho”.


3. Só no Peru
Um grupo de engenheiros, agrônomos e geólogos realizaram uma investigação na qual demonstraram que o pisco só pode ser produzido no Peru. Em que se baseia esta confirmação? Somente neste país sul-americano existem as rochas, sedimentos, relevo e solo perfeitos para o nascimento deste destilado. 


Com o nome de A geologia do pisco, esta investigação agregou que os solos do vale de Ica contam com vocação para o cultivo da videira. Isso se deve, entre outros fatores, ao seu microclima, com ausência de chuvas, e uma grande amplitude térmica que é favorecida pelos ventos noturnos que descem das montanhas e que, além disso, “não existe em nenhum outro lugar do planeta”.


4. Destilado sim, aguardente não
Este esclarecimento é importante. No Peru se produz destilado, e não aguardente. Aguardente é uma mistura de açúcares residuais e sua graduação alcoólica é corrigida, enquanto o destilado não recebe nenhum outro ingrediente.


5. No livro Guinness
Em abril de 2019, o pisco entrou para o Livro Guinness dos Recordes. Isso foi porque se realizou uma degustação com 899 pessoas na cidade de Ica. Os participantes provaram ao mesmo tempo e de forma consecutiva três variedades de pisco: quebranta, italia e torontel.


6. Tipos de pisco
Para a criação deste destilado são usadas as denominadas uvas pisqueiras, que se classificam em dois grandes grupos: não aromáticas- quebranta, mollar, negra criolla e uvina-, e as aromáticas -italia, moscatel, torontel e albilla. Estas variedades são as que geram os seguintes 3 tipos de pisco:


Crédito: Raul Garcia Pereira / PromPerú


Puro: obtido com uma única destilação de mostos frescos completamente fermentados e exclusivamente de uma única variedade de uva pisqueira.


Mosto Verde: obtido de uma única destilação de mostos frescos de uvas pisqueiras com fermentação incompleta.

 

Pisco acholado: adquirido da mistura de uvas pisqueiras, assim como de mostos frescos de uvas pisqueiras com fermentação completa ou incompleta. 

 

7. Patrimônio Cultural do Peru
Em 1988, o Instituto Nacional de Cultura (hoje Ministério da Cultura) reconheceu o pisco como Patrimônio Cultural da Nação após realizar um estudo sobre as raízes peruanas deste destilado, que nos levam ao século XVI.

 

 

Fontes: Peru.info / CNN

 

 

Siga-nos em nossas redes sociais
Facebook | Twitter | Instagram | YouTube | TikTok